
Lisboa, 27 nov 2025 (Lusa) – A idade da reforma em Portugal passará a ser de 68 anos, tornando-se a oitava mais elevada entre os 38 países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), segundo um relatório hoje divulgado.
Estes oito países com a idade normal de reforma futura mais elevada – Dinamarca, Estónia, Países Baixos, Suécia, Itália, Eslováquia, Reino Unido e Portugal – são os que fazem depender a idade de reforma da esperança de vida, de acordo com o estudo “Pensions at a glance 2025”, da OCDE.
Na anterior edição deste estudo, publicada em 2023, a idade média normal de reforma futura em Portugal já estava a subir dos atuais 65,6 anos para os 68 anos, registando então um dos maiores aumentos entre os vários países da OCDE.
O relatório hoje divulgado revela que a idade média normal de reforma em 2024, no conjunto dos países da OCDE, era de 64,7 anos para os homens e de 63,9 anos para as mulheres, devendo aumentar em quase dois anos, para 66,4 anos no caso dos homens, e para 65,9 anos no caso das mulheres que entraram no mercado de trabalho em 2024, em pelo menos metade dos países da OCDE.
Atualmente, a idade média normal varia entre os 62 anos na Colômbia, Grécia, Luxemburgo e Eslovénia – a Turquia é um caso atípico, com uma idade normal de reforma de 52 anos – e os 67 anos na Austrália, Dinamarca, Islândia, Israel, Países Baixos e Noruega.
De futuro, as diferenças entre países deverão tornar-se mais acentuadas, com a idade normal de reforma a manter-se nos 62 anos na Colômbia, Luxemburgo e Eslovénia, a atingir os 70 anos em Itália, Holanda e Suécia, 71 anos na Estónia e até 74 anos na Dinamarca, com base na relação entre a idade da reforma e a esperança de vida.
É expectável que a idade da reforma venha a aumentar ainda mais, embora a um ritmo mais lento depois de 2030, ano a partir do qual se prevê que suba um mês por ano até atingir os 67 anos em 2056.
Estas estimativas tiveram em conta os vários regimes de acesso à pensão de reforma, sem penalizações, por parte dos indivíduos com uma carreira contributiva completa desde os 22 anos de idade.
O mesmo estudo indica ainda que, em média, um trabalhador com um vencimento médio irá receber uma pensão líquida correspondente a 63% do seu salário líquido após uma carreira completa.
Na Áustria, Grécia, Luxemburgo, Portugal e Espanha esse valor é superior a 85%, e nos Países Baixos e na Turquia ultrapassa os 95%.
No extremo oposto, estão a Estónia, Irlanda, Coreia e Lituânia, com taxas de reposição líquida futuras inferiores a 40% do salário líquido.
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