
Portugal pode integrar o grupo de países convidados a observar o processo de cessar-fogo entre os homens armados da Renamo, maior partido da oposição, e o exército de Moçambique, acordado na sexta-feira entre o governo de Maputo e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).
O acordo existe quanto à lista de países que irão observar o processo de negociação, que pretende pôr fim às hostilidades militares entre as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e os homens armados do partido liderado por Afonso Dhlakama.
A estação pública Televisão de Moçambique (TVM) avança que África do Sul, Zimbabué, Cabo Verde, Botsuana, Quénia, Portugal, Grã-Bretanha e os Estados Unidos serão os países convidados pelas partes.
A crise político-militar, motivada por desentendimentos entre a Renamo e o Governo moçambicano em torno da lei eleitoral do país, arrasta-se há sensivelmente um ano, com o registo de vários incidentes armados, que provocaram dezenas de mortes, incluindo de civis.
O fim das hostilidades poder abrir espaço para o reaparecimento público de Afonso Dhlakama, que se encontra em “parte incerta” há vários meses, depois da tomada, pelo exército moçambicano, de uma antiga base militar da Renamo na região centro de Moçambique.
