
A guerra comercial com os Estados Unidos da América (EUA) causou não apenas uma agitação política federal, mas também turbulência provincial.
Esta turbulência evidencia-se nas avaliações trimestrais de aprovação dos premiers, realizadas pelo Instituto Angus Reid, uma organização sem fins lucrativos. As avaliações mostram uma mudança significativa na sorte de muitos dos premiers do país.
Novos dados mostram que alguns dos premiers beneficiaram de um ‘efeito Trump’ nas suas taxas de aprovação.
O premier de Ontário, Doug Ford, que estava com uma aprovação baixa na casa dos 30% durante quase dois anos, agora tem a aprovação de metade (48%) da sua província. A avaliação resulta do seu destaque nas negociações comerciais com os EUA, o que levou alguns a chamá-lo de ‘Capitão Canadá’.
O premier de British Columbia (B.C.), David Eby, também viu a aprovação do seu desempenho subir sete pontos, chegando a 53%, apesar das críticas de um novo projeto de lei que concederia ao Governo NDP da sua província poderes de emergência para responder às tarifas dos EUA.
Apesar de estar a sair do cargo, e após uma histórica renegociação do acordo de fornecimento de energia de Churchill Falls com o Quebec, a aprovação do premier de Newfoundland and Labrador, Andrew Furey, subiu 22 pontos, tornando-o o premier mais aprovado do país, com 68%.
No entanto há premiers cujas avaliações de aprovação permanecem estatisticamente inalteradas desde dezembro.
A premier de Alberta, Danielle Smith, que também tem assumido um papel de liderança nas relações EUA-Canadá durante esta guerra comercial, mantém uma aprovação de 46%, inalterada desde há dois anos atrás.
E no Quebec, a aprovação do premier François Legault também não mudou estatisticamente nos últimos três meses, mantendo-se nos 38%.