POLÍCIAS PERDEM BÓNUS NAS REFORMAS

Elementos da PSP vão aposentar-se mais tarde (Foto de Paulo Cunha/Lusa)
Elementos da PSP vão aposentar-se mais tarde (Foto de Paulo Cunha/Lusa)
Elementos da PSP vão aposentar-se mais tarde (Foto de Paulo Cunha/Lusa)
Elementos da PSP vão aposentar-se mais tarde (Foto de Paulo Cunha/Lusa)

O Governo vai extinguir a bonificação que aumenta o tempo de serviço dos funcionários do Estado para efeito de passagem à reforma. O corte desse bónus, que consta na proposta da convergência das pensões, vai abranger, entre outras carreiras profissionais, a PSP, a GNR, a ASAE, os serviços secretos, a Polícia Judiciária e bombeiros.
O artigo 8º da proposta do Governo é categórico: “São revogadas todas as normas que estabelecem acréscimos de tempo de serviço para efeitos de aposentação no âmbito da CGA, sem prejuízo da aplicação dos acréscimos de tempo previstos ao tempo de serviço prestado até 31 de dezembro de 2013.” Ou seja: a extinção do benefício do aumento do tempo de serviço para efeitos de passagem à reforma só será aplicada a partir de 1 de janeiro de 2014, quando o diploma da convergência das pensões deverá entrar em vigor.
Com a eliminação deste bónus, os elementos das carreiras profissionais abrangidas perdem um benefício que permite aumentar em 15%o tempo de serviço para efeitos de passagem à reforma. Por exemplo, um polícia que tenha 50 anos de idade e 30 anos de serviço, ao beneficiar daquela bonificação, ganha mais 4,5 anos para efeito de passagem à reforma do que os efectivamente prestados.
Até agora, esse bónus tem sido atribuído com base na perigosidade das funções ou pela sua prestação em meio hostil. A 3 de maio, no discurso que proferiu ao País, Pedro Passos Coelho afirmou que a extinção desse benefício seria aplicada a todos os beneficiários: “Precisamos de eliminar regimes de bonificação de tempo de serviço para efeitos de acesso à reforma, e que expandem desigualmente as carreiras contributivas entre diferentes tipos de atividade profissional, criando situações injustas.”