Polémica na cidadania: Governo avalia se mantém cerimónias virtuais

O Governo do Canadá está avaliar se mantém ou não as cerimónias de cidadania virtuais. Ao mesmo tempo, uma petição apela a que acabem. Os críticos dizem que as sessões online comprometem o significado do juramento.

O ministro federal da Imigração diz que o Governo está a ponderar as suas opções em relação às cerimónias virtuais de cidadania, depois de uma petição assinada por mais de 1.500 canadianos ter apelado à suspensão do projeto.

Marc Miller considera que “fazer a cerimónia de cidadania em público é um momento a recordar na vida das pessoas”. Admite que é “sem dúvida a opção a privilegiar”, mas sublinha que lhe foi pedido “para levar o departamento até ao século 21”.

Miller diz que são necessárias “opções flexíveis, especialmente nas regiões rurais”. O governante alega que há pessoas que não querem deslocar-se 100 ou 200 quilómetros para fazer uma cerimónia de cidadania presencial”.

O Immigration, Refugees and Citizenship Canada (IRCC) começou a fazer cerimónias virtuais durante a pandemia e a opção ganhou popularidade: menos de 10% dos novos canadianos recorreram a cerimónias presenciais nos últimos seis meses de 2022.

Mas a oposição à opção virtual também tem ganhado força. De acordo com a petição submetida ao Parlamento, “as cerimónias de cidadania marcam o fim de uma jornada de imigração muitas vezes longa e difícil e fornecem um momento de celebração único para canadianos novos e existentes”.

No que toca às sessões virtuais, a petição argumenta que as eventuais poupanças de tempo e dinheiro das sessões virtuais “são mínimas”.