Polémica em Saskatchewan: Canadiana finge morte e foge com o filho para os EUA

Foto: Federation of Sovereign Indigenous Nations
Foto: Federation of Sovereign Indigenous Nations

Uma mulher canadiana fingiu a sua própria morte e fugiu para os Estados Unidos com o filho. Dawn Walker enfrenta duas acusações do Departamento de Segurança Interna norte-americano. A suspeita alega que deixou Saskatoon, por estar em perigo.

A polícia de Saskatoon diz que Dawn Walker enfrenta uma acusação de rapto, em violação de uma ordem de custódia, e de danos públicos, depois ter sido encontrada, com o seu filho, nos Estados Unidos.

Dawn Walker, de 48 anos, foi alvo de extensas buscas, depois de ter desaparecido com o seu filho há cerca de duas semanas. A mulher foi encontrada e presa na cidade de Oregon na sexta-feira, dia 5 de agosto, e está, desde então, detida nos Estados Unidos.

Walker deverá ser presente a tribunal na segunda-feira, enfrentando duas acusações do Departamento de Segurança Interna norte-americano.

A canadiana é acusada de um crime relacionado com “declarações falsas” devido ao uso de um passaporte de outra pessoa. Walker também é acusada de possuir um documento de identificação roubado ou produzido ilegalmente.

A polícia canadiana foi avisada pelas autoridades norte-americanas que Walker não vai ficar detida nos Estados Unidos durante muito tempo. A polícia de Saskatoon está a consultar a Coroa da província para organizar a futura extradição de Walker para o Canadá.

Os promotores dos Estados Unidos alegam que Walker falsificou a sua própria morte e também a do seu filho, num esquema elaborado que envolveu identidades roubadas e uma conta bancária fraudulenta.

A polícia conseguiu localizar Walker e o filho, através de transações bancárias, relacionadas com alimentação e atividade na Netflix e no Airbnb.

Walker diz-se negligenciada pelo sistema de justiça de Saskatchewan e fala em violações do direito da família e da proteção de crianças.

A suspeita garante ter apresentado relatórios de violência doméstica à polícia de Saskatoon e à Royal Canadian Mounted Police (RCMP). Walker diz ainda ter sido diagnosticada com perturbação de stress pós-traumático.

“Deixei Saskatoon porque temia pela minha segurança e a do meu filho”, disse Walker à imprensa canadiana. A suspeita não identifica a pessoa que diz temer. No passado, contudo, disse ter sido vítima de violência doméstica e que o alegado agressor é o seu ex-companheiro e pai do seu filho de 7 anos.

O menino foi, entretanto, devolvido à família do pai.

Uma manifestação de apoio a Dawn Walker foi levada a cabo no domingo, dia 7 de agosto, no Kiwanis Memorial Park, em Saskatoon.