

(Christophe Karaba/EPA8)
Um apagão de meia hora na Cidade Luz deixou o Benfica à deriva e transformou a deslocação ao terreno do Paris Saint-Germain numa penosa manifestação de impotência da equipa comandada por Jorge Jesus. Um pesadelo que trouxe à memória a célebre humilhação de Vigo, aos pés do Celta, em 1999 (7-0), mesmo que nunca saibamos até onde poderia ontem ter subido a conta se a formação francesa não tivesse tirado declaradamente o pé do acelerador na segunda parte.
Os primeiros instantes deste jogo criaram a ilusão de que o Benfica iria fazer peito ao PSG. Mas foi só mesmo ilusão. A postura dos encarnados entrou em colapso na primeira vez que a formação francesa chegou junto da baliza de Artur, aos cinco minutos,em que fez golo.
No tempo que se seguiu até à meia hora de jogo viu-se o pior Benfica desta época. Uma equipa permissiva, um meio-campo macio, uma defesa acorrer atrás dos acontecimentos, com Luisão e Garay a apagar fogos para logo eclodirem outras deflagrações mais adiante. E porque é justo dizê-lo, Ibrahimovic pintou a manta. Marcou o primeiro golo, criou o desequilíbrio para o segundo comum soberbo toque de calcanhar e fez o terceiro, nas alturas, na sequência de um ponta pé de canto.
No resto do tempo, o PSG jogou ao gato e ao rato como Benfica. E fê-lo com enorme soberba, criando então a segunda ilusão da noite: a de que a equipa de Jorge Jesus, num assomo de brio, poderia marcar para reentrar no jogo. Ontem, não.