PASSOS JÁ TIROU 14,4 MIL MILHÕES

Passos Coelho admitiu que o Orçamento irá gerar choque. (RAFAEL MARCHANTE)
Passos Coelho admitiu que o Orçamento irá gerar choque. (RAFAEL MARCHANTE)
Passos Coelho admitiu que o Orçamento irá gerar choque. (RAFAEL MARCHANTE)
Passos Coelho admitiu que o Orçamento irá gerar choque.
(RAFAEL MARCHANTE)

Em menos de quatro anos, o Governo já diminuiu o rendimento dos portugueses em mais de 14,4 mil milhões de euros. Com a persistência da austeridade e a aplicação de novos cortes, entre 2011 e o final de 2014, a perda de rendimento dos portugueses será três vezes maior do que a redução do PIB nesse período. A diferença poderá agravar-se caso o Orçamento do Estado para 2014 gere um choque com as expectativas das famílias, como admitiu esta semana o primeiro-ministro.
Mesmo com a reposição do pagamento dos subsídios de férias e de Natal aos funcionários públicos e aos pensionistas, no próximo ano a quebra no rendimento será superior a 4,9 mil milhões de euros, o valor mais elevado desde junho de 2011. Nem em 2012, quando os subsídios de férias e de Natal não foram pagos aos funcionários públicos, a quebra de rendimentos foi tão elevada: nesse ano, a redução nos rendimentos ascendeu a 4,7 mil milhões de euros.
Em 2014, o maior corte no rendimento das famílias será aplicado através do IRS. Com a manutenção das taxas de IRS e da sobretaxa extraordinária de 3,5%, serão cortados mais de dois mil milhões de euros. Com a convergência nos regimes de pensões, a redução progressiva do valor das pensões de reforma acima de 1350 euros e o corte nas prestações de sobrevivência, os pensionistas sofrerão uma redução total de rendimentos superior a 1,2 mil milhões de euros. Os funcionários serão penalizados com o corte de 10% nos salários acima de 600 euros.