PAIS PROTESTAM CONTRA O CURRÍCULO DE EDUCAÇÃO SEXUAL E AMEAÇAM TIRAR AS CRIANÇAS DA ESCOLA

Um sinal é segurado por aqueles que protestam contra o novo currículo de educação sexual do Ontário - 24 de fevereiro de 2015. (Naomi Parness / CTV Toronto)Um sinal é segurado por aqueles que protestam contra o novo currículo de educação sexual do Ontário - 24 de fevereiro de 2015. (Naomi Parness / CTV Toronto)
Um sinal é segurado por aqueles que protestam contra o novo currículo de educação sexual do Ontário - 24 de fevereiro de 2015. (Naomi Parness / CTV Toronto)
Um sinal é segurado por aqueles que protestam contra o novo currículo de educação sexual do Ontário - 24 de fevereiro de 2015. (Naomi Parness / CTV Toronto)Um sinal é segurado por aqueles que protestam contra o novo currículo de educação sexual do Ontário - 24 de fevereiro de 2015. (Naomi Parness / CTV Toronto)
Um sinal é segurado por aqueles que protestam contra o novo currículo de educação sexual do Ontário – 24 de fevereiro de 2015. (Naomi Parness / CTV Toronto)

As escolas do Ontário já estão a lidar com a escalada da greve por parte de professores do ensino secundário, e agora uma denominada greve de pais e alunos pode deixar ainda mais crianças fora das salas de aula.
Segundo a Canadian Press, um grupo de pais está a ameaçar tirar os seus filhos da escola, nesta semana, para protestar contra o novo currículo de educação sexual do Ontário.
Um grupo no Facebook chamado “Pais & Estudantes em greve: uma semana sem escola” está a incentivar os pais que se opõem ao currículo de educação sexual 2015 que mantenham os seus filhos em casa.
O grupo também oferece um modelo de carta para que os pais entreguem às respetivas escolas dos seus filhos, a qual declara que o currículo contém conteúdo “inadequado para a idade” que não se alinha com os “princípios e crenças” das famílias.
A porta-voz do Toronto District School Board (TDSB) Shari Schwartz-Maltz disse que é difícil dizer quantas famílias vão juntar-se ao protesto. Ela deixa a nota de que alguns pais entregaram as cartas em antecipação, enquanto que outros fizeram compromissos verbais, “por isso os números são quase impossíveis de saber” nesta altura.
A carta-modelo menciona que os pais acreditam que é sua responsabilidade ensinar esses valores aos seus filhos, além de terem o controlo completo sobre quando o tema é introduzido pela primeira vez.
Janet McDougald, presidente da direção Escolar do Distrito de Peel, disse acreditar que um “bom número” de pais vai tirar os seus filhos da escola, pelo menos no primeiro dia da semana, na região culturalmente diversificada, a oeste de Toronto.
Milhares de pessoas protestaram contra o novo currículo de educação sexual no exterior do Parlamento, no mês passado, e muitos disseram que vieram de comunidades da região de Peel. Mas McDougald refere que há muita desinformação sobre o currículo a circular intencionalmente.
De acordo com as mudanças, os alunos do Grau 3 irão aprender sobre as relações entre pessoas do mesmo sexo, os filhos nos graus 4 e acima, vão aprender mais sobre os perigos do bullying online, enquanto que os perigos do sexting serão tema de aprendizagem no grau 7.
As lições sobre a puberdade vão passar do grau 5 para o grau 4, enquanto que a masturbação e a “expressão de género” são mencionados no currículo do Grau 6. O sexo anal é parte do currículo do Grau 7, no contexto da escolha de se abster de ou retardar determinadas atividades a fim de evitar infeções sexualmente transmissíveis.
Alguns opositores do currículo afirmam que não é apropriado para a idade, outros insistem que as crianças não devem ser ensinadas sobre as relações entre pessoas do mesmo sexo e diferentes identidades de género, enquanto que outros ainda escreveram na página Facebook do grupo que o currículo está cheio de “práticas sexuais desviantes” e pode levar ao “abuso infantil”.
A primeira-ministra Kathleen Wynne reuniu-se na semana passada com um grupo de pais que exigiam que ela retirasse o currículo. Ela reafirmou que o novo currículo terá efeitos em setembro como previsto.