Lisboa, 15 out (Lusa) – O primeiro-ministro afirmou hoje que a proposta de Orçamento do Estado para 2015 é realista e não foi feita a pensar nas eleições e criticou os políticos que pensam que conseguem votos reduzindo impostos e aumentando salários.
“Evidentemente, este é um orçamento de realismo e é um orçamento que não é feito a pensar nas eleições. Eu sei que há políticos que acham que as eleições se ganham baixando impostos e aumentando salários. Devo dizer que tenho muitas dúvidas de que as pessoas, os eleitores, raciocinem exatamente nesses termos”, declarou Pedro Passos Coelho, numa intervenção no encerramento de uma conferência, em Cascais.
A este propósito, o chefe do executivo PSD/CDS-PP considerou ainda que seria incoerente descuidar agora o equilíbrio orçamental: “Com que cara é que o mesmo primeiro-ministro que durante três anos explicou ao país que precisávamos de cumprir as nossas metas, que não tínhamos outra escolha senão pôr a casa em ordem para ter a confiança dos investidores, para financiar a atividade económica e o Estado, haveria agora de lhes vir dizer que, porque há eleições, íamos baixar os impostos, aumentar os salários e prometer aquilo que não é realista?”.