Ontário regista número baixo de construção de novas habitações

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O número final de novas construções habitacionais em Ontário em 2024 ficou muito aquém do necessário para atingir o objetivo do premier Doug Ford de construir 1,5 milhões de casas.

O governo atualizou recentemente o seu rastreador habitacional pela primeira vez em oito meses. A atualização sublinhou as dificuldades na construção de habitação.

A inclusão de várias novas categorias pelo governo, como residências universitárias, não ajudou a contagem.

O total de novos projetos habitacionais em 2024, segundo os cálculos do governo, foi de 94.753. Isso inclui 73.462 construções habitacionais tradicionais, 14.381 unidades residenciais adicionais, 2.278 camas em lares de cuidados continuados, 2.807 camas em residências para estudantes do ensino superior e 1.825 suites em residências para reformados.

No entanto, para atingir o objetivo de construir 1,5 milhões de casas num período de 10 anos até 2031, Ontário deveria ter acrescentado 125.000 casas no ano passado, pelo menos 150.000 este ano e 175.000 no próximo. A província cumpriu a meta de 110.000 em 2023, depois de incluir camas em lares de cuidados continuados na contagem.

Apesar do Building Faster Fund (Fundo para Construir Mais Rápido), programa provincial criado para estabelecer novas metas de construções habitacionais, atribuído a 50 municípios, com as cidades a receberem apoio financeiro se atingirem pelo menos 80% da sua meta, em 2024 o resultado não foi o desejado.

Os dados recentemente atualizados do rastreador habitacional mostram que, no ano passado, apenas 23 desses municípios atingiram esse limiar — uma descida acentuada face aos 32 do ano anterior.

No entanto, de acordo com informações do governo, este ano também não está a correr bem. No início de 2025, os projectos iniciados no primeiro trimestre de 2025 estavam nos níveis mais baixos desde 2009.

A realidade evidencia-se também no mercado de venda de habitações que está em baixa, assim como no setor da construção que já deu início a despedimentos que poderão alcançar os 40% da força de trabalho.