Oliveira do Hospital distribui cinco toneladas de alimento para abelhas

Oliveira do Hospital, Coimbra, 23 dez 2025 (Lusa) – A Câmara de Oliveira do Hospital está a distribuir cinco toneladas de alimento para abelhas a quase uma centena de apicultores do concelho, para colmatar a escassez de alimento que o setor enfrenta.

A medida decorre do Programa de Apoio aos Apicultores, que tem vindo a ser promovido pela autarquia, através de um investimento na ordem dos 15 mil euros, somando o valor das duas entregas de 2024 e 2025.

O presidente da autarquia, José Francisco Rolo, referiu que o contributo fomenta uma importante atividade económica, com relevo e história no município, à semelhança do apoio prestado aos ovinos Serra da Estrela.

Citado num comunicado do município, enviado hoje à agência Lusa, o edil frisou que a decisão contribui “não só para estimular a produção de mel, mas também para reforçar o papel que as abelhas têm na manutenção da biodiversidade e polinização de culturas, sobretudo em meio rural”.

De acordo com a Câmara Municipal, a decisão deve-se ao facto de o Governo “não contemplar o setor da apicultura nos apoios atribuídos após os incêndios do verão” e às “alterações climáticas, que têm vindo a afetar, de forma crescente, a normal regeneração da flora”.

A entrega do alimento está a decorrer diariamente, desde o início de dezembro, aos apicultores residentes e com atividade apícola em Oliveira do Hospital, que levantar o produto nos estaleiros da autarquia, situados na Zona Industrial deste concelho do interior do distrito de Coimbra.

Fonte oficial da autarquia disse à agência Lusa que a distribuição é feita de acordo com o número de colmeias dos apicultores, que foram informados da iniciativa atualmente em vigor.

O programa, que entre 2024 e 2025 entregou cerca de 12 toneladas do alimento, irá permanecer em funcionamento até que os apicultores registados tenham levantado o produto atribuído.

A Câmara recordou ainda que tem desenvolvido ações de sensibilização para a comunicação de avistamentos e combate à vespa asiática, através da instalação de armadilhas e da destruição de ninhos.

O objetivo é “diminuir o impacto desta espécie invasora na saúde, no bem-estar e na segurança das populações, bem como na atividade apícola, atendendo ao elevado poder destrutivo que representa para as colmeias”, completou.

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