
Figueira da Foz, Coimbra, 25 nov (Lusa) – Um relatório sobre a defesa do litoral português defende o estudo de modelos e fontes de financiamento alternativos ao modelo atual de proteção costeira, considerado insustentável financeiramente a médio e longo prazo.
As obras de proteção costeira realizadas nos últimos 20 anos custaram 196 milhões de euros, mas só em três meses (entre janeiro e março de 2014) foram gastos 23 milhões (11,7 % do valor total) na reparação de estragos dos temporais, lê-se no Sumário Executivo e Recomendações do relatório do Grupo de Trabalho do Litoral (GTL), a que a agência Lusa teve acesso.
“Os custos das obras têm sido suportados quase exclusivamente pelo erário público nacional ou fundos comunitários (…). A médio e longo prazo não é economicamente sustentável considerar apenas a proteção, sendo de considerar estratégias de acomodação e relocalização e fontes de financiamento alternativas”, refere o relatório do grupo de trabalho criado pelo Governo para estudar soluções para a orla costeira.
