Óbito/Sampaio: Medina recorda Sampaio como “um dos mais destacados” presidentes da Câmara de Lisboa

Lisboa, 10 set 2021 (Lusa) — O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, recordou o antigo chefe de Estado Jorge Sampaio, que morreu hoje aos 81 anos, como “um dos mais destacados” presidentes da autarquia da capital, que liderou entre 1990 e 1995.

“Quero recordá-lo hoje sobretudo como um grande presidente da Câmara Municipal que Jorge Sampaio foi. Certamente um dos seus mais destacados presidentes de câmara”, afirmou Fernando Medina, numa curta declaração nos Paços do Concelho, sem direito a perguntas dos jornalistas.

O presidente da autarquia salientou que o legado de Jorge Sampaio como autarca “é vastíssimo, desde a ligação da cidade ao rio, ao planeamento estratégico”.

“É do seu tempo a primeira carta estratégica de Lisboa, fazer de Lisboa a capital atlântica da Europa, mas acima de tudo o avanço profundo que foi dado no sentido de uma cidade mais digna e mais justa, pois a ele se deve o grande impulso nos planos de construção social e de erradicação das barracas na cidade de Lisboa”, realçou.

O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, no hospital de Santa Cruz, em Lisboa.

Antes do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.

Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996-2006).

Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.

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