O MUNDO ESTÁ LOUCO DEMAIS

O mundo parece estar mais louco. Já não bastam as guerras absurdas e as ações terroristas senão também os loucos franco atiradores que matam inocentes a troco de uma perversa fama. Recentemente, há registos de atentados por todo o lado, não só na Europa e América, mas com bastante frequência nos países problemáticos onde proliferam governos que promovem o terror.

Já lá vai o tempo em que o mundo acordava, diariamente, com os conflitos Israel/árabes. O mundo sofria mais por culpa dos aumentos sucessivos do custo do petróleo, pois tudo o resto se passava no território palestiniano. Uma ou outra vez se verificaram ações de índole terrorista para clamar protagonismo, mas a situação sempre foi considerada controlável.

Embora agora os novos governantes também queiram manter um sentimento de controlo, o certo é que o mundo está louco demais. Iraque, Afeganistão, Síria, Líbia, Sudão, Paquistão, para citar só alguns, são verdadeiros barris de pólvora. É impossível viver nesses locais, onde a população não sabe se amanhã tem casa, família e algo para comer. As crianças não frequentam escolas porque ou foram destruídas ou porque a necessidade de sobrevivência é prioritária.

Estes são já os terroristas de amanhã, pois não receberam outra formação desde que começaram a andar pelos seus próprios pés. Quando nada se tem e se sabe que há quem tenha, a prioridade é fazer mal e destruir o mais possível. Os sucessivos ataques ao modo de vida ocidental são a maior prova disso, não importando se se tratam de inocentes e em muitos casos crianças.

Tornou-se fácil para qualquer louco ou grupo armado pôr uma cidade ou um País em autêntico alvoroço sem se saber como lidar com situações tão delicadas.

As recentes vagas de refugiados que chegaram ao ocidente começam agora a ser contestadas por todos os que viram a sua tranquilidade alterada.

Embora as autoridades continuem preocupadas com a integração de todos os que se deslocalizaram e chamem a atenção para o facto de os erros de uns não poderem ser imputados a todos os outros, considerando-os culpados na sua generalidade, o certo é que o mundo ainda não encontrou o equilíbrio para lidar com estas novas situações de desordem social.

O terrorismo era algo que nos habituamos a interpretar como os acontecimentos que ocorriam nos locais onde os outros moravam. Mas, os mais recentes atentados provam que a morte indefesa e cruel já pode morar na nossa rua. E um de nós pode ser a próxima vítima.

A Direção