NUNO MORNA (IL) DEFENDE EXTINÇÃO DO CARGO DE REPRESENTANTE DA REPÚBLICA

LusaFunchal, Madeira, 18 set 2019 (Lusa) – O cabeça de lista da Iniciativa Liberal (IL) às eleições legislativas da Madeira, Nuno Morna, defendeu hoje a extinção do cargo de representante da República porque é “desnecessário” alguém de Lisboa estar a tutelar as regiões autónomas.

“Achamos completamente desnecessário haver uma tutela de Lisboa em cima das autonomias da Madeira e dos Açores, logo somos absolutos defensores da extinção do cargo do representante da República”, disse o candidato.

Nuno Morna falava no Funchal, numa ação de campanha que decorreu junto ao Palácio de São Lourenço, residência do representante da República para a Região Autónoma, e na qual contou com a presença do presidente da IL, Carlos Guimarães Pinto.

Para Nuno Morna, o representante da República “não é mais do que uma figura que perpassou ao longo da História” e recordou que, na Madeira, o primeiro foi nomeado aquando da “ocupação de Portugal por Espanha em 1580”.

“Foi até depois do 25 de Abril e depois levámos com o ministro da República e, agora, com o representante da República”, disse.

Frisando que “não tem nada contra o dr. Irineu Barreto [atual representante da República na Madeira]”, Nuno Morna explicou que esta posição não é pessoal, mas sim “em relação à figura porque acaba de ser quase que uma figura colonial e fiscalizadora de uma autonomia que se quer adulta e madura”.

Para o candidato, as atribuições do representante da República deviam ser exercidas pelo Presidente da República.

Esta é a primeira vez que o IL concorre a eleições legislativas na Madeira.

As eleições regionais legislativas da Madeira decorrem no domingo, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional.

PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para estas eleições, com um círculo único.

Nas regionais de 2015, os sociais-democratas seguraram a maioria absoluta – com que sempre governaram a Madeira – por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.

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