NOVO DISCURSO, NOVO CÔNSUL

Correio da Manhã Canadá

Esta é uma semana recheada de mudanças à boa moda do mês de setembro.
Foi-nos dado a conhecer o novo Cônsul-geral de Portugal em Toronto (tema que aprofundamos na edição deste jornal) e a ansiedade aumenta na medida do que poderá sair do discurso do trono que certamente mudará a vida de todos.

But, “first things first”, o Correio da Manhã Canadá dá as boas vindas a José Manuel Mendes, acabado de chegar da Alemanha para representar Portugal em Toronto. O novo Cônsul-geral assumiu funções para as Províncias de Ontário, Manitoba e no Território de Nunavut há duas semanas e sente-se honrado com o novo desafio.

Com um vasto currículo no Ministério dos Negócios Estrangeiros português, Manuel Mendes deixou marcas positivas no seu anterior cargo na Alemanha. “Cônsul José Manuel Carneiro Mendes é personalidade do ano na Alemanha. Do norte ao sul, do leste a oeste da Renânia do Norte da Vestefália só se ouvem elogios perante o apoio incondicional do Cônsul-Geral de Portugal em Düsseldorf, José Manuel Carneiro Mendes” avançava em 2018 um popular jornal alemão. Esperemos que este excerto seja um bom presságio para os portugueses e lusodescendentes em Toronto e no Canadá.

Da nossa parte, asseguramos o acompanhamento do trabalho do novo cônsul e esperamos estreitas e saudáveis colaborações com o consulado português. Outro tópico! Na mente de todos: o novo discurso do trono. O que esperar numa altura em que todos os países tiveram de enfrentar uma pandemia de Covid-19? Esperar, certo, que este tema esteja nos planos políticos, económicos e sociais de recuperação.

Ainda assim, isso não significa que o governo pode esquecer os compromissos de saúde pré-pandemia, que ao que tudo indica, está nas prioridades anunciadas no discurso desta quarta-feira. Os liberais foram bastante diretos sobre o que esperar: uma nova agenda mais focada nas alterações climáticas e na redistribuição da riqueza. Há motivos para acreditar que a próxima agenda de Trudeau pode até mesmo ser projetada para forçar uma eleição.

Mas o poder ainda está no povo, nos eleitores. É preciso a máxima atenção no novo discurso do trono para decidir se apoia ou não a visão do governo liberal e faça-se ouvir, caso discorde. Dar tempo ao tempo, sim, mas atentos à sua passagem. Setembro é sem dúvida um mês de recomeços com decisões que mudam o rumo da nação e da comunidade portuguesa no Canadá.