Nós não paramos

Correio da Manhã Canadá

“Nós não paramos” – esta é talvez a frase mais marcante de uma entrevista que fizemos recentemente a Conceição Ferreira e que pode ler nas páginas 14 e 15 deste jornal. A jornalista e também diretora do programa ‘Montreal Magazine’, com que o Correio da Manhã Canadá (CMC) acaba de firmar uma parceria, aludiu assim à resiliência do seu projeto de comunicação social comunitário, que se mantém firme 17 anos após a sua criação, apesar de todas as dificuldades da pandemia, procurando manter a proximidade com a comunidade portuguesa que reside no Canadá.

Esta coincidência de vontades – não parar e estar perto dos luso-canadianos – levou a que o CMC e o ‘Montreal Magazine’ unissem forças, com o objetivo de trazer mais e melhores conteúdos ao seu público alvo. Através do programa, que agora passa a ser exibido três vezes por semana na CMCTV, reforçamos a nossa aposta na informação, sem descurar a tradição, levando as câmaras e os microfones para junto da comunidade, em dias de confinamento que levaram a televisão a atestar a sua força.

Tem sido difícil, mas nós não paramos. Nós, CMC, e nós, comunidade portuguesa como um todo. Ao folhear este jornal, estas palavras ganham significado. Continuamos a ser motivo de notícia, como é disso exemplo a página 40 deste jornal: não paramos. Fomos às urnas, ainda que longe de Portugal: não paramos. E provámos a nossa importância mesmo junto da informação ‘mainstream’, como o premier de Ontário Doug Ford sublinhou numa intervenção exclusivamente dirigida aos media multiculturais, que pode ler nas páginas 16 e 17 desta edição.

Numa altura em que o fim da pandemia não é ainda uma realidade imediata, é na colaboração e na resiliência que devemos apostar as nossas fichas. A vacina, que no Canadá já chegou a mais de 960 mil pessoas e em Portugal a mais de 330 mil, representa a tão esperada “luz ao fundo do túnel”, mas há ainda um longo caminho a percorrer.

Enquanto isso, não paramos. Pelo contrário, celebramos a cooperação, que tão importante se tem revelado nesta pandemia, e o tal espírito de resiliência que, com ou sem Covid-19, está no ADN de quem emigra em busca de dias mais luminosos e, portanto, também no seu e no nosso.