
Paris, 09 dez (Lusa) – O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, disse hoje à Lusa, em Paris, que “não se podem dramatizar e amplificar questões relacionadas com a tortura em Cabo Verde” em reação à avaliação do Comité Contra a Tortura da ONU.
Os resultados do Comité Contra a Tortura da ONU, divulgados na quarta-feira, apontam relatos de brutalidade policial contra os detidos, elaboração de “perfis raciais”, cadeias sobrelotadas, sistema judicial sobrecarregado e sem meios, prevalência de violência contra mulheres e crianças e “um largo número de crianças” na prostituição, mendicidade, tráfico de drogas e venda ambulante.
“Em primeiro lugar, era preciso haver a contraposição. Como não se fez durante todo esse tempo a contraposição, ficam depois os relatos de quem faz o relatório. As questões existem mas não se podem dramatizar e amplificar questões relacionadas, com a tortura em Cabo Verde”, reagiu Ulisses Correia e Silva, sublinhando “a falta de contraditório”.