NAÇÃO VALENTE, OBRIGADO!

Confirmou-se o sonho de Fernando Santos e do qual muitos duvidavam. Fernando, “O SANTO”, tinha prometido à família que só regressaria a casa no dia 11 de julho e com a taça na mão. As primeiras exibições de Portugal davam mostras de que seria difícil, mas a seleção uniu-se e fez História. Provavelmente, esta foi a seleção mais amiga e mais unida de sempre e todos foram Ronaldos, cada qual à sua maneira e, por isso, são verdadeiros campeões.

A França começou cedo a subestimar a participação portuguesa. Quando ainda nem imaginavam que poderiam chegar à final e que lhes poderia caber em sorte enfrentarem a nossa seleção, já apelidavam os portugueses de “nojentos” e de outros impropérios despropositados, relacionados com as exibições.

A seleção de Portugal esteve sempre debaixo de fogo, até que chegou a grande final e deu para ver e sentir que os franceses estavam convictos da vitória. O treinador Deschamps já tinha avisado que apenas se assustava com Cristiano Ronaldo devido ao seu poder de elevação e velocidade. Chegou mesmo a caracterizar os seus abdominais como suporte de tanta capacidade.

A única dúvida de Deschamps era como conseguir neutralizar Ronaldo e, de facto, conseguiu logo aos 8 minutos, através do seu jogador número 8, de nome Payet. Este profissional da bola encarregou-se de pôr em marcha o plano de neutralização de Ronaldo e a arbitragem do inglês Clattenburg bem cedo começou a evidenciar um total desequilíbrio nos critérios de avaliação.

Mas os guerreiros lusitanos estiveram bem vivos e souberam vingar em campo e de forma clarividente tudo o que lhes poderiam ter preparado de pior. O “patinho feio” da seleção, entenda-se Éder, foi um verdadeiro cisne e no final Portugal provou que soube ganhar e a França mostrou que não soube perder. Quando todos esperavam que a Torre Eifel se iluminasse de verde e vermelho, eis senão quando as cores que surgiram foram as francesas, dando a entender que tudo estaria preparado para um só desfecho. Muito feio para um país organizador.

Para a história fica a vitória de Portugal. E hoje reconhecemos que foi fruto da união, da humildade e de muito sacrifício. Portugal ergueu-se, mas também se ergueram todos os portugueses espalhados pelo mundo. Os heróis souberam sempre corresponder às expetativas. Nunca viraram as costas aos muitos milhares de emigrantes e estes compareceram sempre em força gritando bem alto o nome de Portugal.

Todo o mundo português está reconhecido e o Presidente da República homenageou-os ao mais alto nível. O sonho tornou-se realidade, resta-nos saber manter este tipo de organização e alargá-lo a outros setores de atividade. Este é o tamanho de Portugal.

A Direção