
Lisboa, 28 nov 2025 (Lusa) — O músico e produtor português Branko atua em janeiro nos Estados Unidos e no Canadá, no âmbito da digressão do álbum “SOMA”, editado no ano passado, anunciou hoje o agenciamento do artista.
As atuações estão marcadas para 08 de janeiro em Nova Iorque, 09 de janeiro em Toronto e 10 de janeiro em Montreal. Em palco, Branko estará acompanhado pelos músicos Danilo Lopes e Ola Mekelburg, segundo a Arruada, num comunicado hoje divulgado.
Nos concertos, Branko “revisita ‘SOMA’ e músicas como ‘Nafé’ (com Èlláh), ‘Reserva para Dois’ (com Mayra Andrade) e ‘Tudo Certo’ (com Dino D’Santiago)”.
Além disso, o músico e produtor leva um novo tema, “Pro Mundo Ouvir”, criado em colaboração com o grupo brasileiro Tuyo e divulgado recentemente.
A ligação entre Branko e os Tuyo começou com “Leve”, tema que integra o álbum “SOMA”.
Editado em março do ano passado, “SOMA” é o quarto álbum de Branko, para o qual convidou músicos que marcam o “som de Lisboa”, criado localmente, mas pensado para o mundo.
Com tantas pessoas “a partilharem e a contribuírem para a mesma equação”, o título só podia ser “SOMA”.
“O disco começou de uma forma muito coletiva, quase como se fosse uma ‘jam session’, uma sessão improvisada, em que levei alguns ‘beats’ e convidei alguns dos músicos que acho os músicos mais importantes de Lisboa, pessoas que sem dúvida marcaram aquilo que se chama, ou que se pode considerar minimamente, o som de Lisboa”, contou em entrevista à Lusa, em março do ano passado.
A Lisboa de que fala Branko, além de uma cidade, “é também um epicentro de criação de Cultura dos vários países de expressão portuguesa.
“A nível musical, para mim, se calhar é o valor cultural mais importante que temos e aquilo que deveria mais ser preservado e trabalhado”, partilhou.
Nos ‘encontros’, nos quais “nasceu a base das músicas” que compõem o álbum “SOMA” participaram músicos como João Gomes, Ivo Costa, Francisco Rebelo ou Djodje Almeida.
Como Branko ao longo da carreira sempre pensou “na criação local, mas para os ouvidos globais, para o mundo todo e para tocar pelo mundo todo”, neste álbum tentou “ir propositadamente atrás de pessoas que estão a construir as suas carreiras noutros mercados, “como Carla Prata que, apesar de ter origem angolana e ter vivido uma série de tempo em Portugal, está a desenvolver a sua carreira no Reino Unido”, ou June Freedom que, “tendo origem cabo-verdiana, está a desenvolver a carreira nos Estados Unidos”.
“Achei interessante ir atrás dessas conexões e de pessoas que, entendendo o local, tal como eu, também estão presentes no global”, disse.
Entre as vozes de “SOMA” estão também Teresa Salgueiro, “uma pessoa que a cantar o lado mais tradicional da música portuguesa está presente no mundo inteiro”, Carlão, Dino D’Santiago, Gafacci, Jay Prince e Bryte.
De acordo com a Arruada, “a passar uma temporada no Brasil, Branko prepara novos lançamentos agendados para 2026”, refere a Arruada.
Músico, produtor, editor, DJ, João Barbosa está há duas décadas ligado à música eletrónica portuguesa, com pontes para a lusofonia. Fez parte do 1-Uik Project com Kalaf, cofundou os Buraka Som Sistema e a editora Enchufada.
Estreou-se a solo com o álbum “Atlas” (2015), fruto de uma viagem transcontinental em busca de uma nova música eletrónica.
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