MORRERAM 5 BEBÉS NA MATERNIDADE

Maternidade Alfredo da Costa teve problemas com três grávidas de risco em apenas um mês
Maternidade Alfredo da Costa teve problemas com três grávidas de risco em apenas um mês
Maternidade Alfredo da Costa teve problemas com três grávidas de risco em apenas um mês
Maternidade Alfredo da Costa teve problemas com três grávidas de risco em apenas um mês

Entre 14 julho e 12 de agosto morreram na Maternidade Alfredo da Costa (MAC) cinco bebés, quatro dos quais gémeos. Das três grávidas, uma faleceu e outra foi transferida para o Hospital de Santa Maria em risco de vida.
O caso mais recente teve lugar a 12 de agosto. Daniela, nome fictício, depois de várias semanas de internamento na MAC, acabou por perder os gémeos. Ainda está a recuperar do choque e a ponderar se vai apresentar queixa para saber se foi alvo de negligência médica.
Sete dias antes, a 5 de agosto, outra mulher passava pelo mesmo. Sílvia Rebelo, de 37 anos, estava grávida de cinco meses e três semanas. Morreu depois de ter perdido os gémeos, um menino e uma menina. As mortes estão a ser investigadas pelo Ministério Público. Aguardam se ainda os resultados da autópsia para saber se houve negligência médica.
O terceiro caso é o de Raquel, nome fictício, 32anos,e grávida de sete meses, que acabou por ser transferida para o Hospital de Santa Maria, a 14de julho, onde chegou em risco de vida. Perdeu a bebé que só viveu dois dias. A Inspeção Geral das Atividades em Saúde
(IGAS) está a investigar. A queixa foi enviada pelo próprio Ministério da Saúde depois de receber a denúncia de ‘Raquel’.
Estas mortes ocorreram num momento em que o Ministério da Saúde quer encerrar a MAC e transferir os seus serviços para o Hospital Dona Estefânia, tendo sido apresentado um recurso contra a decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa que proibiu, a 19 de julho, o fecho da maternidade. O tribunal entendeu que a MAC não podia fechar porque a Estefânia não tinha condições.
A este propósito a IGAS e a Direção-Geral da Saúde fiscalizaram os blocos operatórios de ginecologia e obstetrícia da Estefânia. Ao que o CM apurou, as conclusões apontam para a inexistência de riscos para a saúde pública.