
Maputo, 05 dez 2025 (Lusa) – As autoridades moçambicanas querem maior envolvimento do setor privado no apoio a iniciativas geradoras de emprego em áreas protegidas, seguindo o exemplo do novo Clube de Amigos do Parque Nacional de Maputo (PNAM).
“Com a criação do ‘Mungano’ [Clube de Amigos do PNAM] pretendemos aumentar a viabilidade, a comunicação e o engajamento com o setor privado e outros, contribuir para a segurança financeira e as operações do parque numa série de atividades-chave”, afirmou o diretor-geral da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) de Moçambique, Pejul Calenga.
Em causa está o lançamento, na quinta-feira, de uma plataforma de financiamento que visa angariar investimentos, sobretudo do setor privado, para apoiar o desenvolvimento comunitário e conservação da biodiversidade.
“Pretendemos ainda permitir o envolvimento do setor privado na inovação, dimensionamento de soluções baseadas na natureza, que beneficiem tanto o parque assim como as empresas”, disse Pejul Calenga.
Assegurou também que permitirá envolver mais atores para fortalecer o interesse estratégico daquela área de conservação protegida: “Temos que discutir mais vezes, temos que engajar mais gente, e é isto, obviamente, que vamos nos comprometer a fazer”.
O diretor-geral da ANAC considerou ainda este lançamento como “um marco importante”, por procurar buscar sinergias para impulsionar a preservação do ecossistema, desenvolvimento comunitário e criação de emprego naquela área de conservação.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) inscreveu em 13 de julho último o Parque Nacional de Maputo na lista do Património Mundial da Humanidade.
A inscrição foi adotada durante a 47.ª reunião da organização, que decorreu em Paris, com a UNESCO a destacar que o parque “inclui ecossistemas terrestres, costeiros e marinhos, e abriga quase cinco mil espécies”.
Moçambique possui 14 importantes regiões ecológicas, algumas das quais consideradas de importância global.
A Rede Nacional das Áreas de Conservação engloba aproximadamente 26% do território moçambicano e compreende 19 parques e reservas nacionais, 20 coutadas oficiais, e uma variedade de outras categorias de áreas de conservação, cuja monitorização é garantida por estes fiscais.
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