
Maputo, 10 dez 2020 (Lusa) – O primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, exigiu hoje ao governo de Cabo Delgado um plano atualizado para o realojamento das populações deslocadas devido à violência em alguns distritos daquela província do Norte de Moçambique.
“A primeira prioridade deve ser comida, água e saneamento do meio, para evitar a cólera”, disse o primeiro-ministro moçambicano, falando durante uma visita ao centro de acolhimento de Ngalane, no distrito de Metuge, na província de Cabo Delgado.
Segundo Carlos Agostinho do Rosário, o governo provincial deve atualizar o plano para o realojamento das populações, adotando uma estratégia que priorize as necessidades básicas das populações.
“Queremos que a província atualize este plano de reassentamento tendo em conta estas prioridades. Queremos que este plano tenham um cronograma muito claro para o seu cumprimento”, frisou.
A província de Cabo Delgado, onde avança atualmente o maior investimento privado de África, para exploração de gás natural, está desde há três anos sob ataque de insurgentes e algumas das incursões foram reivindicadas pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico desde 2019.
A violência armada em Cabo Delgado, norte de Moçambique, está a provocar uma crise humanitária com cerca de duas mil mortes e 560 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.
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