
Ponta Delgada, Açores, 08 mar (Lusa) — O procurador coordenador da Comarca dos Açores alertou hoje para a situação de “míngua generalizada de meios humanos”, problema que persiste na região, destacando que “não foi possível manter o esforço de recuperação processual”.
“Há pouco mais de seis meses, em setembro de 2016, no início do ano judicial, numa cerimónia semelhante a esta, referi que o Ministério Público (MP) português apresentava a maior escassez de recursos humanos de que tinha memória e seguramente dos últimos 30 anos. Disse também que essa escassez se fazia sentir com particular incidência nesta região”, afirmou João Paulo Carreira, na tomada de posse de quatro magistradas do Ministério Público, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel.
Segundo João Paulo Carreira, os últimos seis meses, “especialmente penosos e trabalhosos”, obrigaram — devido ao não preenchimento de diversos lugares de magistrados – a “sucessivas movimentações de procuradores de umas ilhas para as outras, a sucessivas substituições, acumulações de serviços, reafetações e afetações de magistrados e processos”.