
Paris, 25 nov 2025 (Lusa) — O Ministério Público de Paris anunciou hoje quatro novas detenções no âmbito da investigação pelo assalto ao Museu do Louvre do passado dia 19 de outubro.
Entre as pessoas detidas está um homem indicado como sendo o quarto e último elemento do grupo que cometeu o roubo na Galeria de Apolo.
Outros três suspeitos já tinham sido capturados nas semanas anteriores.
Em comunicado, o Ministério Público de Paris indicou que os detidos são dois homens de 38 e 39 anos e duas mulheres de 31 e 40, todos da região da capital francesa.
“Estas pessoas deverão ser interrogadas pelos investigadores”, indicou no comunicado a procuradora Laure Beccuau, que acrescentou que não serão fornecidas mais informações sobre as acusações que lhes são imputadas até ao final da sua detenção preventiva.
A procuradora recordou ainda que já existem outras quatro pessoas indiciadas neste caso, que está a ser conduzido pela Brigada de Repressão a Bandos Organizados de Paris e pelo Escritório Central de Luta contra o Tráfico de Bens Culturais.
As primeiras detenções ocorreram a 25 de outubro, depois de um dos presumíveis autores do roubo ter sido intercetado no aeroporto Charles de Gaulle, quando tentava deixar a França com destino à Argélia.
Uma segunda detenção teve lugar nessa mesma noite, na área de Seine-Saint-Denis, também de um alegado membro do grupo de ladrões.
Segundo a imprensa, nestes dois primeiros casos, o ADN encontrado pelos investigadores no local do roubo foi crucial para a identificação dos dois homens, que já estavam sob vigilância policial devido a atividades criminosas anteriores.
Ambos são agora acusados de roubo e de associação criminosa para a preparação de crimes e delitos, crimes puníveis com dez anos de prisão.
A 29 de outubro, ocorreram também cinco detenções provisórias, das quais duas resultaram em indiciamentos.
Tratou-se da indiciação de um terceiro homem, igualmente presumível membro do grupo que cometeu o roubo, acusado dos mesmos crimes que os seus alegados companheiros, e de uma mulher a quem são imputados o crimes de cumplicidade no roubo e associação de malfeitores.
No assalto ao Louvre foram roubadas oito jóias valiosas que ainda não foram recuperadas.
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