
Bruxelas, 31 dez (Lusa) — A crise dos migrantes obriga a União Europeia (UE) a uma “escolha entre maior solidariedade e uma União mais fechada, no sentido de maior cooperação na gestão das fronteiras externas, e um modelo mais nacionalista”, segundo uma especialista internacional.
Susan Fratzke, analista política e coordenadora do Programa Internacional do Instituto de Política de Migração, notou à agência Lusa o “desafio objetivamente assustador” de mais de um milhão de chegadas em 2015 e que a resposta do Velho Continente tem sido “prejudicada pelas antigas falhas do Sistema Comum Europeu de Asilo (CEAS, em inglês), quer a nível político, quer a nível prático”.
A especialista da organização de Washington (EUA), que tem publicado análises à crise migratória europeia, lembrou que o CEAS teve por base a “responsabilidade e confiança mútuas”, mas que a “experiência dos últimos 10 anos” mostrou falta de uniformização e divergências na implementação de regras, levantando nomeadamente acusações entre os Estados-membros.