Porto, 24 abr (Lusa) — A presidente da associação Coragem Disponível criticou hoje as “diversas limitações” e o não cumprimento da lei no apoio aos refugiados que chegam a Portugal, afirmando que “vivem quase ‘guetizados'” em instituições e “sem qualquer plano de integração”.
Em declarações à agência Lusa, Helena Castro – que preside à associação de apoio a imigrantes e refugiados criada no Porto em outubro de 2015 — afirmou que os cidadãos que chegam “pelo seu pé” a Portugal (e não os inseridos no recente programa de recolocação aprovado pela União Europeia, cuja situação é diferente) vivem nas instituições para onde são encaminhados “sem dinheiro, sem autonomia e sem qualquer plano de integração”.
“Isto significa que está a falhar todo o plano de inserção no mercado de trabalho, de aprendizagem da língua e de contacto com os portugueses”, disse, assegurando que a situação afeta muitos refugiados que chegaram a Portugal há já algum tempo, alguns “há mais de 10 anos”, e “cujos direitos nunca foram cumpridos”.