(RALPH ORLOWSKI / REUTERS)
61,8 milhões de alemães são amanhã chamados a escolher os 620 deputados do Bundestag. A Europa vive a expectativa do que vai mudar.
Os europeus, sobretudo nos países do Sul, como Portugal, olham para as eleições de amanhã na Alemanha com ansiedade. Vivem na expectativa do que vai mudar na União Europeia, no euro, nos financiamentos e na economia. O problema é que pouco disso está na cabeça dos 61,8 milhões de eleitores alemães chamados a votar, que pensam sobretudo nas subidas de preços da eletricidade e dos combustíveis, dos infantários, na hipótese de um salário mínimo oficial, e acertam ainda contas com a sua chanceler Angela Merkel.
A campanha eleitoral prossegue hoje, nomeadamente com Merkel a celebrar o comício de apoteose da sua CDU em Berlim. Amanhã, pela primeira vez na história das eleições alemãs, o jornal ‘Bild’ promete publicar sondagem, mas as indicações não acabarão, porém, com as dúvidas sobre quem será o futuro parceiro de coligação de Merkel.
A atual chanceler é dada como vencedora. O suspense está em saber se a votação dos liberais do FDP chega para reeditar a atual coligação de governo – e Merkel já garantiu que a manterá com maioria de mais um deputado no Bundestag –, ou se o caminho é uma grande coligação com o SPD, social-democrata, do polémico Peer Steinbruck.