MENOS SINISTRALIDADE NAS ESTRADAS PORTUGUESAS

Quem nos lê no Canadá, decerto que de vez em quando vai até Portugal. Uma vez aí, circula pelas estradas portuguesas ao volante do seu carro ou a acompanhar algum familiar ou amigo. Todos nos recordamos de quão perigosas eram as estradas portuguesas, em comparação com as vias que aqui conhecemos. Mas nos últimos anos essa realidade foi bastante alterada. Portugal já beneficia de excelentes vias de comunicação e as cidades estão cada vez mais próximas e acessíveis.

Apesar disso, um pormenor importante denegria tudo o que de positivo se poderia dizer: nas estradas portuguesas sempre se morreu acima da média. Os portugueses pareciam dotados para a desgraça na sinistralidade automóvel. Felizmente que o ano de 2013 registou, pela primeira vez, um decréscimo nesta malfadada realidade. Mortes e feridos em estado grave resultantes de acidentes de viação baixou consideravelmente. A notícia é boa e tudo deverá ser feito para que assim continue.

Na busca das causas para esta melhoria, cada um diz a sua e desde a justificação da maior segurança dos veículos, ao aumento de fiscalização policial, ou à melhoria dos traçados, ninguém refere que os portugueses estão mais informados, mais instruídos, enfim…diferentes. O canal de TV SIC passa todos os dias programas de 1 minuto, com a orientação do Automóvel Clube de Portugal, apelando aos cuidados dos automobilistas. E, um ano depois de o programa estar no ar constata-se que há resultados positivos. Ainda bem e que cada um se sinta orgulhoso da sua participação nestas boas práticas.

Dado que de vez em quando vamos a Portugal, também é bom estar informado que o Código da Estrada sofreu ligeiras alterações. Informe-se, mas aqui ficam algumas dicas: a taxa de álcool no sangue baixou de 0,5 para 0,2% para os condutores profissionais de pesados, de passageiros, de mercadorias e para os recém-encartados. Circular nas rotundas tem novas regras e as bicicletas passam a ter múltiplas prioridades. As velocidades também sofreram alterações, nomeadamente dentro de localidades onde peões e veículos partilham a via pública.

Finalmente, as coimas também já não são as mesmas e para se evitar aborrecimentos o melhor é mesmo cumprir. Todos ficamos a ganhar e daqui a um ano poderemos estar a noticiar que a sinistralidade continua em queda livre.

A Direção