MANIFESTAÇÃO ANTI-RACISMO REÚNE CENTENAS EM MONTREAL

Foto: HugoThePinkCat/Twitter
Foto: HugoThePinkCat/Twitter

A onda de protestos anti-racismo continua a fazer-se sentir nos Estados Unidos e já chegou ao Canadá. Na origem das manifestações está a morte de um afro-americano, na sequência de uma intervenção policial em Minneapolis no Minnesota.

A cena captada na segunda-feira, dia 25 de maio, despoletou uma onda de raiva e frustração nos Estados Unidos e em todo o mundo. George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em Minneapolis, na sequência de uma intervenção policial violenta. Num vídeo filmado por quem passava na rua e divulgado nas redes sociais, vê-se um dos agentes pressionar o pescoço de Floyd com o joelho durante vários minutos. Desde então, sucedem-se as manifestações em várias cidades dos Estados Unidos, mas não só. Também no Canadá se protesta contra a violência racial e a impunidade das forças policiais. Em Montreal, um desses protestos reuniu centenas, este domingo, dia 30 de maio, e culminou em embates entre a polícia e alguns manifestantes. As tensões agravaram-se já depois da manifestação formal ter terminado, no centro de Montreal. A polícia declarou o protesto ilegal, devido ao alegado lançamento de projéteis, e respondeu com spray de pimenta e gás lacrimogéneo. Há ainda relatos de janelas partidas e de fogo posto. Apesar disso, de acordo a polícia Vancouver, não foram feitas detenções. Fora das ruas, há quem se manifeste contra o que aconteceu nos Estados Unidos nos jornais. É o caso do presidente dos Toronto Raptors, que condenou a conduta do polícia Derek Chauvin, de 44 anos, na sua coluna do Globe and Mail. Masai Ujiri diz que já não é possível evitar as conversas sobre o racismo. O líder dos Raptors apelou à preservação da sociedade para que todos se possam sentir “livres, seguros e em paz” uns com os outros.