
O Crédito Agrícola registou um lucro de 22 milhões de euros até junho, mais 81,5% do que há um ano, valor que incorpora eventuais imparidades com a “pequena exposição” ao Grupo Espírito Santo.
De acordo com o banco, a contribuir para este resultado esteve, essencialmente, o aumento em 17,7% do produto bancário, que somou 279 milhões de euros, enquanto a margem financeira subiu 5,8% para os 157 milhões de euros.
Ainda no 1º semestre, os depósitos do Crédito Agrícola mantiveram-se estáveis, subiram 0,5% para 10.018 milhões de euros, enquanto o crédito caiu 2,7% para 8.066 milhões de euros.
A menor procura é sobretudo visível nas áreas de construção e imobiliário, que tem sido compensado com algum crescimento nas atividades agrícolas e de turismo, mas não o suficiente para repor os ‘stocks’.
Quanto à exposição ao Grupo Espírito Santo (GES), há uma pequena exposição já devidamente provisionada, mas nem a instituição, nem o presidente do Crédito Agrícola adiantam valores da exposição, nem das provisões feitas, apenas que se trata de algumas obrigações e crédito a empresas do GES, sobretudo do setor agrícola.
O Crédito Agrícola fechou ainda o primeiro semestre com um rácio de capital ‘Common Equity Tier 1’ de 12%, acima dos 8% exigidos e fez sem recurso a qualquer tipo de capitalização.
Na atividade seguradora, as empresas do Crédito Agrícola tiveram lucros de 4,5 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano.