Um agente do Corpo de Intervenção da PSP, em Lisboa, está a ser investigado pelas suas ligação a grupos de segurança ilegal e à recetação de produtos roubados – tendo sido também identificado, em finais de agosto, numa discoteca com a arma de serviço, violando assim a norma de que os polícias não devem entrar nos estabelecimentos com as armas de serviço quando estão de folga.
Por tudo isto, e devido à investigação em curso, o agente foi retirado do grupo operacional de elite a que pertencia e passou agora para a secção de guarda às instalações no quartel da Ajuda, onde estão sediados os polícias do Corpo de Intervenção.
O agente, que ainda não tem 5 anos de serviço, foi também desarmado. O processo está nas mãos da Inspeção Geral da Administração Interna, que investiga este caso a nível disciplinar. Foi, desde logo, instaurado um processo de averiguações.
Ao que o CM apurou, o agente da PSP desmentiu pertencer ao grupo, mas não se livrou de uma investigação da Polícia Judiciária e da suspensão do trabalho policial. Está assim num trabalho onde é dispensável o uso da arma de fogo. Caso sejam provadas as suspeitas investigadas, o agente da PSP arrisca expulsão da instituição por ainda ter pouco tempo de serviço e já estar envolvido em processos-crime.
Recorde-se que, tal como o CM noticiou, um outro agente do Corpo de Intervenção foi afastado do trabalho operacional por ter estado envolvido no caso do gang da ‘Máfia do Vale do Sousa’, em que terá emprestado a arma ao chefe do grupo e que terá sido usada para assaltos e extorsões a donos de discoteca sem Paredes. Este agente já foi condenado a uma pena suspensa de 4 anos de prisão, mas voltou ao Corpo de Intervenção.
Teve também de ficar no serviço de guarda a instalações.