O líder do Partido Quebequense diz que adotaria rapidamente uma (lei) “Buy Quebecois Act” se ele se tornasse primeiro-ministro.
Jean-François Lisee diz que a legislação seria inspirada na ideia de uma lei de compra americana nos Estados Unidos e estimularia a economia do Québec, incentivando a compra de produtos locais.
Ele fez a proposta durante um discurso na reunião do conselho nacional do partido em Québec City.
Mais tarde, Lisee disse aos jornalistas que não acredita que priorizar as compras locais entrará em conflito com os acordos de livre comércio.
A sua visão, apresentada numa proposta de plataforma de 75 páginas lançada no sábado, afirma que um governo PQ iria favorecer os produtos feitos no Québec, especialmente quando se trata de concursos públicos.
As propostas no documento serão debatidas e alteradas se necessário nos próximos meses antes de serem adotadas como programa oficial do partido em setembro.
Num discurso de encerramento de 40 minutos dedicado exclusivamente ao nacionalismo económico, Lisee disse que a província iria favorecer “uma política de compra quebequense, de conteúdo quebequense, sempre que possível”.
Ele também prometeu ser um líder forte, disposto a “mostrar algum músculo” nas suas negociações com Otava e os Estados Unidos se ele conseguir derrubar os Liberais, no governo, nas próximas eleições.
Como parte da sua plataforma proposta, Lisee disse que um governo do Parti Quebecois também iria reavaliar o papel das alavancas económicas do estado colocadas à sua disposição.
Isso, segundo ele, poderia incluir a mudança do mandato do administrador dos fundos de pensão da província para incluir o desenvolvimento regional e trabalhar para manter a sede das empresas quebequenses na província.
Lisee também adiantou que o seu governo vai exigir a sua “parcela justa” de investimentos federais em todo o país, que ele calcula traria um montante adicional de 4 mil milhões de dólares por ano, a partir de Otava, permitindo-lhe criar 35 000 postos de trabalho.
Lisee prometeu não realizar um referendo sobre a soberania no seu primeiro mandato como primeiro-ministro provincial.
Fonte: Canadian Press