LANÇADAS NOVAS DIRETRIZES DE RASTREIO DO CANCRO DO PULMÃO PARA OS CANADIANOS DE ALTO RISCO

Um homem passa por uma tomografia computadorizada para detetar o cancro do pulmão, nesta foto de arquivo
Um homem passa por uma tomografia computadorizada para detetar o cancro do pulmão, nesta foto de arquivo
Um homem passa por uma tomografia computadorizada para detetar o cancro do pulmão, nesta foto de arquivo
Um homem passa por uma tomografia computadorizada para detetar o cancro do pulmão, nesta foto de arquivo

Os atuais e antigos fumadores entre as idades de 55 e 74, que estão em alto risco de desenvolver cancro do pulmão, devem ser rastreados anualmente por até três anos com tomografia computadorizada de baixa dose, diz a Canadian Task Force on Preventive Health Care.
A nova orientação foi publicada no Canadian Medical Association Journal na segunda-feira.
Esta aplica-se aos fumadores atuais ou aqueles que pararam nos últimos 15 anos, com história de tabagismo de 30 maços de cigarros por ano ou mais. O rastreio com tomografia computadorizada de baixa dose deve ser feito numa unidade de cuidados de saúde com experiência no diagnóstico e tratamento do cancro do pulmão, diz o grupo de trabalho.
O grupo não recomenda o rastreio do cancro do pulmão para todos os outros adultos, independentemente da sua idade ou história de tabagismo. Este também recomenda que os profissionais de saúde não usem radiografias de tórax para rastreio do cancro do pulmão.
As novas recomendações são semelhantes às diretrizes já utilizadas pelo Cancer Care Ontario e várias organizações dos EUA, incluindo a American Cancer Society e a American Lung Association. Atualmente não há programas de rastreio do cancro do pulmão organizados em todo o Canadá.
O cancro do pulmão é o cancro mais comum no Canadá e a principal causa de mortes por cancro. Em 2015, cerca de 26.600 canadianos foram diagnosticados com cancro do pulmão, e quase 21.000 morreram na sequência do mesmo, refere o grupo de trabalho.
Cerca de 85 por cento dos casos de cancro do pulmão estão ligados ao fumo de tabaco.
A Drª. Heather Bryant, vice-presidente de controle do cancro na Canadian Partnership Against Cancer, disse à CTV News que a nova orientação tem por objetivo identificar as pessoas “substancialmente de alto risco” e oferecer-lhes uma ferramenta de rastreio. O teste de despistagem não é para pessoas que fumaram “por um par de anos, como adolescentes”, esclareceu.
O grupo de trabalho canadiano para Cuidados de Saúde Preventiva espera que as suas novas orientações irão ajudar os médicos a detetar mais cancros do pulmão em estágios iniciais, antes que se tornem incuráveis.
As novas recomendações não se aplicam a pessoas com um histórico familiar de cancro do pulmão ou aqueles que apresentam sintomas da doença. O grupo de trabalho diz que não se sabe se o rastreio CT para as pessoas com outros fatores de risco para o cancro do pulmão – tais como a exposição ao rádon e o fumo passivo — seria benéfico.
Os médicos devem falar com os seus pacientes de alto risco sobre as suas preferências de rastreio, acrescenta o grupo.
De acordo com um relatório de 2015 sobre o uso do tabaco no Canadá, cerca de 4,2 milhões, ou 14,6 por cento, dos canadianos fumou em 2013.
Sessenta e quatro por cento dos canadianos que já fumaram, afirmaram que deixaram o vício. Aproximadamente dois terços dos restantes fumadores disseram que estavam a pensar seriamente em deixar o hábito nos próximos seis meses.
Fonte: CTV News
Com arquivos de especialistas médicos