‘Labour Day’ de reflexão para Steve Clark

Correio da Manhã Canadá

A saga do Greenbelt ainda não terminou e poderá em breve sofrer uma nova reviravolta dramática.

A demissão de Steve Clark não vai fazer nada para resolver a crise da habitação em Ontário e, de facto, pode piorar as coisas.

A essência dos relatórios da auditora geral diz que “o processo foi imperfeito”. E agora, Steve Clark demitiu-se, dizendo que estava a tornar-se uma “distração” para o importante trabalho de construção de casas e que o trabalho precisa de alguém que se concentre e faça as coisas.

Estamos em plena crise de habitação, não estão a ser construídas casas suficientes e as que estão a ser construídas são demasiado caras.

O ‘Labour Day’ parece ter servido para Steve Clark refletir sobre a decisão tomada. No dia 3 de setembro, talvez não tenha estado motivado para ver a grande parada de Toronto, a segunda que acontece na cidade, depois de uma pandemia que fechou as portas ao mundo.

Feriado obrigatório no Canadá desde 1894, o Dia do Trabalhador ou ‘Labour Day’ teve origem nas primeiras manifestações de trabalhadores da era vitoriana e deu aos trabalhadores a oportunidade de fazerem campanha por melhores condições de trabalho ou de remuneração.

O Correio da Manhã Canadá testemunhou o desfile de sindicatos como a LiUNA Local 183, a Local 506 e ainda o sindicato dos carpinteiros de Toronto, a Local 27. Muitos olham para este evento como um feriado no país, mas o Labour Day significa muito para estas mulheres e homens que dão voz à luta laboral de um povo que procura vencer desafios como a crise da habitação. Um dia também para homenagear reformados e os trabalhadores que perderam suas vidas durante o trabalho. “Temos que reconhecê-los, porque muitos deles inclusive perderam as vidas para melhorar as nossas condições de trabalho” lembrou Jack Oliveira da Liuna 183 à nossa equipa. Um dia que “…serve para honrar os trabalhadores e trabalhadoras que constroem este país” destacou o diretor de comunicações dos Carpenters’, Finn Johnson.

O momento foi de celebração, e também de protestar, afinal há muitas reivindicações que ainda estão em cima da mesa, e a parada do ‘Labour Day’ é sem dúvida o cenário perfeito para dar voz aos trabalhadores.