

O anuncio não oficial foi feito pela companhia aérea russa Aeroflot que garante ter recebido um “aviso oficial” do governo da Ucrânia a proibir a entrada no território ucraniano de todos os homens russos com idade entre os 16 e os 60 anos.
Também estão proibidos de entrar na Ucrânia homens com nacionalidade ucraniana com idade entre os 16 e os 60 anos e mulheres ucranianas com idade entre os 20 e os 35 anos residentes no território da república autónoma da Crimeia e de Sebastopol, a cidade pró-russa do sul da Ucrânia.
No âmbito da operação antiterrorista, a Ucrânia toma medidas para limitar o acesso ao seu território de pessoas indesejáveis, disse também o porta-voz da polícia fronteiriça ucraniana, Serguei Astakhov.
Agora a principal companhia russa está a recomendar aos passageiros afetados pelas novas medidas que se abstenham de viajar temporariamente para a Ucrânia, enquanto em Kiev, o parlamento ucraniano aprovou um texto que recomenda ao presidente interino, Olexandre Tourtchinov, a retomar, sem demora, o serviço militar obrigatório, de forma a reforçar a capacidade de defesa da Ucrânia em resposta à agressão da Federação Russa, uma vez que as forças armadas da Ucrânia contam com 130.000 elementos.
Uma grande parte do leste da Ucrânia, de maioria russófona e na fronteira com a Rússia, enfrenta há vários dias uma insurreição armada pró-russa. Ativistas separatistas tomaram o controlo de edifícios governamentais em cerca de 10 cidades do leste da Ucrânia e têm resistido às manobras do exército ucraniano para os desalojar.
Kiev só acabou com o serviço militar obrigatório este ano, ao abrigo de uma lei introduzida em 2013 pelo então Presidente ucraniano Viktor Ianukovitch, considerado pró-russo.