

Dois dos principais assessores do ex-primeiro ministro do Ontário Dalton McGuinty deverão ir a julgamento em setembro de 2017 por abuso de confiança e prejuízo moral, noticiou a Canadian Press.
O chefe de gabinete e vice-chefe de gabinete de McGuinty foram acusados após uma investigação policial sobre a eliminação de e-mails sobre a decisão dos Liberais de cancelar duas fábricas de gás antes da eleição de 2011, a um custo de até 1,1 mil milhões de dólares.
A polícia alegou em documentos judiciais que David Livingston e Laura Miller contrataram o seu parceiro – um especialista em computadores sob contrato para os Liberais – para limpar cerca de 20 unidades de disco rígido no gabinete do primeiro ministro.
Tanto Miller como Livingston negaram as acusações. Os seus advogados comparecerem em tribunal na quinta-feira e agendaram o julgamento de seis semanas, a começar a 11 de setembro de 2017.
O caso também vai estar de volta em tribunal, no dia 28 de junho deste ano, para uma moção de divulgação, e 21 de fevereiro de 2017 para uma audiência.
A Coroa federal está a processar o caso, em vez do Ministério do Procurador-Geral do Ontário.
Miller acusou a polícia provincial de ter um preconceito contra ela por causa de uma denúncia que ela fez junto do Ontario Independent Police Review Diretor. Ela angariou mais de 74.000 dólares para financiar a sua defesa através de um site de crowdsourcing.
Miller trabalha agora como diretora-executiva do Partido Liberal da Colúmbia Britânica. Ela demitiu-se quando as acusações foram formalizadas no ano passado, mas o Conselho Executivo do partido voltou a nomeá-la em março.
Foi a recusa inicial dos Liberais do Ontário para entregar os documentos das fábricas de gás à Comissão de Justiça da legislatura, que provocou um aceso debate que eventualmente forçou McGuinty a renunciar como primeiro ministro debaixo de uma nuvem de escândalo em outubro de 2012.
Wynne desculpou-se repetidamente pelo escândalo das fábricas de gás, que os partidos da oposição classificaram de “uma campanha de preservação do assento (parlamentar) Liberal bem cara”.
Fonte: Canadian Press