
Luanda, 11 jan (Lusa) – O julgamento dos 17 ativistas acusados de planearem atos de rebelião e um golpe de Estado em Angola prossegue hoje em Luanda, após a interrupção ditada por férias judiciais, justificadas pelo período de festas de Natal e Ano Novo.
Os 17 ativistas – entre os quais duas jovens que aguardam em liberdade – estão acusados, em coautoria, de atos preparatórios para uma rebelião e um atentado contra o Presidente angolano, entre outros crimes menores, incorrendo numa pena de três anos de cadeia.
O caso, segundo a acusação deduzida pelo Ministério Público, remonta a 16 de maio deste ano, quando se realizou a primeira sessão de um “curso de formação para formadores de ativistas”, em Luanda. Teriam lugar todos os sábados, durante três meses, com base no livro de Domingos da Cruz (um dos 17 réus) “Ferramentas para destruir o ditador e evitar nova ditadura, filosofia da libertação de Angola”, adaptação da obra “From dictatorship to Democracy”, de Gene Sharp, que inspirou as revoluções da denominada “Primavera Árabe”.