
Luanda, 02 abr (Lusa) – O Jornal de Angola aponta hoje, em editorial, “violações grosseiras e inaceitáveis” ao Governo e à Assembleia da República de Portugal, pelas posições sobre a condenação de ativistas angolanos a penas de até oito anos e meio de cadeia.
Intitulado “Contra as ingerências”, o editorial do jornal estatal recorda os 50 anos passados sobre a descolonização de África para criticar igualmente a delegação da União Europeia em Luanda e embaixadas dos Estados-membros que tomaram posição sobre a forma como decorreu o julgamento e pela proporção das penas aos 17 ativistas, por crimes de atos preparatórios para uma rebelião e associação de malfeitores.
“A declaração da União Europeia, a posição tomada pelo Governo e Assembleia da República portuguesas configuram violações grosseiras e inaceitáveis, na medida em que põe em causa o país e as suas instituições. Além da tendência e visão paternalista que leva as entidades e individualidades estrangeiras a pôr em causa determinados Governos e instituições, é recorrente o tratamento de menoridade”, lê-se no editorial.