Os portugueses já investiram este ano mais de mil milhões de euros (1,018 mil milhões) nos jogos sociais. Metade desse valor, cerca de 543 milhões de euros, são apostas no Euromilhões, de acordo com os dados da Santa Casa aos quais o CM teve acesso.
A crise até pode diminuir o valor das apostas, mas aumenta certamente a vontade de se ser excêntrico. O loto europeu é o jogo preferido de Portugal, mas a febre das raspadinhas começa a ganhar terreno. Este ano, os portugueses já gastaram cerca de 331 milhões de euros na lotaria instantânea. No Totoloto foram mais de 72 milhões de euros.
No entanto, apesar da corrida às casas de apostas, sobretudo em dia de jackpot do Euromilhões, e dos vários prémios já atribuídos, nem todos os premiados se apercebem que a sorte lhes bateu à porta. Em Portugal, o valor de prémios por reclamar ronda os 14 milhões de euros.
No jogo há investimentos, mas também ganhos. O palpite certeiro dos portugueses no Euromilhões já rendeu, desde 2004, 50 primeiros prémios, que totalizam mais de três mil milhões de euros.
Hoje é dia de jackpot no Euromilhões. E estão em jogo 79 milhões de euros; se sair em Portugal, são menos 15,8 milhões de euros, devido ao imposto do selo de 20%.
Na Casa da Sorte do Rossio, em Lisboa, já se somam muitas apostas. O corrupio de gente a entrar e sair com esperança numa aposta certeira não pára. “É natural que com a crise haja apostas mais pequenas. Contudo, quando há jackpot há mais pessoas a tentar a sorte”, disse ao CM um dos funcionários da Casa da Sorte. Higino Garcia, de 67 anos, há muito que tenta a sorte, sobretudo no Euromilhões. O reformado tem razões para continuar a apostar. “Já tive alguns prémios, de 300 e 400 contos. Só não calha a quem não joga. Tanto pode sair a quem joga dois euros ou quem aposte 50 euros”, conta ao CM.