
Maputo, 03 nov (Lusa) – O antigo Presidente moçambicano Joaquim Chissano defendeu hoje que a filosofia do regime segregacionista do “apartheid” ficou como herança na sociedade sul-africana e que a xenofobia e o tribalismo continuam a desafiar o país.
“Toda esta filosofia do ‘apartheid’ ficou na mentalidade dos sul-africanos”, declarou Chissano, durante o lançamento da obra “O Caso Mido Macia”, do jornalista Hélio Filimone, que narra a história do taxista moçambicano morto pela polícia em 2013 na África do Sul.
Para o antigo Presidente de Moçambique, a “barbaridade xenófoba” que ocorreu na África do Sul nos últimos anos, obrigando milhares de pessoas a voltarem para os seus países de origem, pode ser explicada a partir de um passado recente, cujas marcas permanecem e ameaçam a convivência dos sul-africanos com outros povos.