

(Hugo Delgado/Lusa)
Impropérios e empurrões. Foi desta forma que a polícia presente no Estádio D. Afonso Henriques descreveu o comportamento de Jorge Jesus no final do V.Guimarães-Benfica (0-1), na participação que fez à Direção Nacional da PSP. O relatório final dos acontecimentos estava ontem a ser redigido e seguirá, posteriormente, para o Ministério Público de Guimarães, já que foi na cidade que a partida se realizou.
O técnico deverá ser constituído arguido e poderá responder por dois crimes: coação e resistência a agente do Estado e intromissão no trabalho da polícia.
A participação dos acontecimentos foi feita pelos spotters–agentes do Comando de Lisboa com a missão de zelar pela segurança dos intervenientes em encontros de futebol e que são destacados para os de maior risco.
A forma como Jesus defendeu um dos adeptos que invadiram o campo e que estava a ser manietado pela polícia poderia ter tido outras consequências.Segundo o CM apurou, o treinador só não foi detido (e poderia ter sido, já que se tratou de uma situação de flagrante delito) para evitar que os incidentes atingissem outras proporções, pondo em causa a ordem pública. Jesus acabou por ser identificado numa sala exclusiva do estádio.
O CM sabe ainda que o treinador dos encarnados pediu desculpa ao agente da PSP a quem tentou resgatar o adepto.