
Há um conjunto de profissionais que tem sido fundamental desde o início da pandemia. Falamos dos intérpretes de língua gestual, que levam as inúmeras intervenções das autoridades a um grupo de telespetadores especial.
A presença dos intérpretes de língua gestual em praticamente todas as declarações das autoridades sobre a pandemia da covid-19 está a dar visibilidade a um trabalho também essencial, neste momento em que a comunicação correta é fundamental em todas as nações.
Em Portugal, geralmente, o intérprete está ao lado de quem está a discursar, traduzindo em sinais gestuais toda a informação divulgada pelas autoridades.
No Canadá, as autoridades optaram pela inserção da imagem do intérprete no canto do ecrã durante as emissões. A tradução é simultânea tanto nas declarações em inglês como em francês. Para a Associação Canadiana de Surdos, esta preocupação é uma vitória obtida após muitos protestos dos cidadãos que possuem este tipo de deficiência. Atualmente no Canadá, 350 mil pessoas dependem dos intérpretes de língua gestual para ter acesso às informações.
Não há relatos específicos da origem desta linguagem para os surdos. A primeira escola a ensinar os sinais gestuais como forma de comunicação entre pessoas com problemas auditivos surgiu em Paris, em França, em 1760. A partir desta escola, outras foram sendo criadas em diversos países e, atualmente, há diferentes línguas gestuais tais como a americana, a francesa, a portuguesa e a brasileira.