INTERNET MAIS BARATA PODE ESTAR A CAMINHO DEPOIS DE MINISTÉRIO REJEITAR RECURSO DA BELL

internetO ministério federal está a apoiar uma decisão da CRTC que força os grandes provedores de Internet do Canadá a compartilhar a sua infraestrutura de alta velocidade com as pequenas operadoras a um custo de venda por atacado.
A Bell Canada pediu ao governo Liberal para anular a decisão do regulador, justificando que esta iria desencorajar a inovação.
Mas o ministro responsável pela indústria de telecomunicações, Navdeep Bains, disse na quarta-feira em comunicado que as famílias de classe média e com baixos rendimentos precisam de ter acesso a internet de alta velocidade a preços acessíveis.
A Bell havia argumentado que a regulação poderia desacelerar a inovação, forçando-a a parar de investir em tecnologia. E acrescentou que, a fim de apoiar o negócio de expansão da sua rede de fibra ótica, esta precisava que os clientes subscrevessem não apenas a internet, mas também serviços de telefone de casa e de TV.
O recurso da Bell seguiu-se a uma decisão de julho de 2015 pela Comissão de Telecomunicações e Rádio-televisão canadiana, que ordenou que os gigantes das telecomunicações do Canadá disponibilizem aos outros provedores de internet o acesso grossista à sua rede de fibra ótica.
Bains sublinhou que a decisão da CRTC equilibra o incentivo do setor para continuar a investir e a escolha do consumidor. E acrescentou que o governo federal se sente encorajado pelos recentes anúncios de empresas a investir em fibra ótica em todo o Canadá.
Em resposta à declaração, Jacqueline Michelis, a porta-voz da Bell escreveu num e-mail: “Vamos respeitar as regras e seguir em frente.”
Os grupos de defesa do consumidor elogiaram a decisão do ministério.
Josh Tabish, diretor de campanhas para a OpenMedia, um grupo com sede em Vancouver que faz lobby em nome dos utilizadores de internet, disse que a decisão vai permitir aos provedores independentes “operar de forma justa num campo mais equitativo” com grandes empresas como a Bell.
Fonte: Canadian Press
Com arquivos da CBC News