
Lisboa, 17 out (Lusa) – O relatório final da comissão parlamentar de inquérito à compra de material militar, que mereceu um “documento-sombra” por parte da oposição, vai ser hoje votado no plenário da Assembleia da República, prevendo-se nova troca acesa de argumentos.
A maioria PSD/CDS-PP, que viabilizou a proposta do PS de constituir a comissão de inquérito – após ver acrescentados ao objeto de investigação vários equipamentos além aos submarinos alemães -, foi criticando a “fixação” dos outros partidos no negócio daqueles navios, vetando novas audições, por exemplo, ao atual vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e a continuação dos trabalhos, por uma terceira vez, para serem efetuadas diligências consideradas em falta pela oposição.
Sociais-democratas e democratas-cristãos defendem no texto final que não foram encontrados “qualquer prova” ou “indício” de ilegalidades por parte dos “decisores políticos e militares nos concursos” e que “nenhum decisor político atual ou antigo ficou por ouvir” nem “nenhuma pergunta ficou por fazer”, sublinhando os mais de 50 testemunhos e 165 horas de reuniões.