Inflação em Espanha acelera para 4% em setembro, um máximo desde setembro de 2008

Madrid, 29 set 2021 (Lusa) – A inflação homóloga em Espanha acelerou para 4% em setembro, a taxa mais alta desde setembro de 2008, principalmente devido ao aumento dos preços da eletricidade, foi hoje anunciado.

O Instituto Nacional de Estatística espanhol (INE) publicou esta primeira estimativa da inflação em setembro que, cujo valor se for confirmado em 14 de outubro, representará um aumento de 0,7 pontos percentuais em relação ao valor de agosto (3,3%) e o sétimo mês consecutivo de aumento.

O INE explica que o aumento de preços está relacionado com o aumento dos preços da eletricidade, que é mais elevado este mês do que em setembro de 2020.

A subida dos preços também é influenciada, embora em menor grau, pela evolução das férias organizadas, que caíram menos este ano do que em 2020, e dos combustíveis, que aumentaram quando no ano passado tinham descido.

A inflação de base – que exclui os preços dos produtos energéticos ou alimentares não transformados, uma vez que são os mais voláteis – situou-se em 1%, mais três décimas do que em agosto e menos três pontos que o Índice de Preços no Consumidor (IPC) geral, a maior diferença entre as duas taxas desde que a série começou em 1986.

Em termos mensais, os preços subiram 0,8% em setembro face a agosto, marcando o segundo mês consecutivo de subida.

O índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC), que mede a evolução dos preços utilizando o mesmo método em toda a zona euro, situou-se em 4% em termos homólogos, contra 3,3% em agosto e em 1,1% face ao mês anterior.

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