Imigração: Maioria diz que aumento cria crise na habitação e na saúde

FOTO: UNSPLASH
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Uma grande maioria dos canadianos concorda que o aumento da imigração está a alimentar a crise da habitação e a pressionar o sistema de saúde. Os dados constam numa nova sondagem do Leger.

Os novos números da Leger revelaram que cerca de três em cada quatro inquiridos (75%) concordam que o aumento do número de imigrantes está a sobrecarregar o mercado imobiliário e o sistema de saúde.

Quase dois terços dos inquiridos, ou seja, 63%, afirmaram que o volume de recém-chegados está também a aumentar a pressão sobre os sistemas educativos do país.

No entanto, a sondagem mostra que os canadianos também veem alguns benefícios no aumento da imigração.

Cerca de três quartos dos inquiridos (75%) concordaram que o aumento da imigração contribui para a diversidade cultural do país e 63% afirmaram que a chegada de jovens imigrantes contribui para a força de trabalho e para a base fiscal, que sustenta as gerações mais velhas.

Em 2022, a população do Canadá aumentou em mais de um milhão de pessoas, um número que incluía mais de 600 mil residentes não permanentes e pouco mais de 437 mil imigrantes.

A Leger constata que, em comparação com março de 2022, a proporção de canadianos que afirmam querer que o país acolha mais imigrantes do que no passado diminuiu de 17% para 9%.

Por outro lado, há mais pessoas que dizem que o Canadá deveria acolher menos imigrantes, tendo esse número aumentado de 39% para 48%.

O número de residentes permanentes que o Canadá deverá acolher será de 485 mil em 2024 e tal como planeado, será de 500 mil em 2025.

Pouco mais de metade dos inquiridos na sondagem da Leger (53%) afirmaram que estes números são demasiado elevados, enquanto 28% disseram que o Canadá está preparado para admitir o número certo de imigrantes. Quatro por cento disseram que o país não acolhe imigrantes suficientes.