
O Canadá deportou mais pessoas em 2024, atingindo o seu nível mais elevado de deportações anuais em cerca de uma década. A lista de deportações foi maioritariamente composta por pessoas cujos pedidos de refúgio foram rejeitados. Os dados foram obtidos e divulgados pela Reuters, a 27 de fevereiro.
A agência de fronteiras do Canadá afirmou que o aumento das deportações está relacionado com um “aumento significativo” no número de pessoas a pedir asilo desde 2020, o que levou a “executar as ordens de remoção de uma forma mais eficiente e atempada”.
A Reuters solicitou dados à agência de fronteiras sobre as deportações, excluindo as pessoas que saíram por sua própria iniciativa e aquelas enviadas de volta para os Estados Unidos da América (EUA) no âmbito de um acordo bilateral, segundo o qual os candidatos a asilo são devolvidos.
Apesar da agência de fronteiras não fornecer número detalhados para correspondência, na última semana de fevereiro foram publicados dados online de 2019 a 2024, que não detalham as deportações e excluem as devoluções para os EUA.
O total restante mostra que o Canadá deportou 7.300 pessoas entre 1 de janeiro e 19 de novembro de 2024, um aumento de 8,4% em relação a todo o ano de 2023 e um aumento de 95% em comparação com 2022.
Cerca de 79% das 7.300 pessoas deportadas nos primeiros 11 meses do ano passado foram deportadas porque o seu pedido de estatuto de refugiado foi rejeitado. Esse valor é superior aos 75% registados em 2023 e aos 66% em 2022.
Cerca de 11% das pessoas deportadas no ano passado até 19 de novembro foram removidas por não cumprirem as condições da sua estadia no Canadá, como, por exemplo, por permanecerem no país após o término de um visto. Cerca de 7% foram deportadas porque cometeram um crime, quer no Canadá, quer noutro lugar.
