HOSPITAIS ANGOLANOS PASSARAM “PERÍODO DE MAIOR SUFOCO”, MAS SEM “DESCALABRO” – EMBAIXADOR

LusaLisboa, 03 set (Lusa) – O embaixador itinerante angolano admitiu hoje que os hospitais do país passaram “um período de maior sufoco” por escassez de produtos básicos, mas desvalorizou uma reportagem no Washington Post que relata falta generalizada de medicamentos, agulhas e luvas esterilizadas.

“Houve de facto, e ninguém negou isso, um período de maior – permitam-me a expressão – de maior sufoco, porque, como sabemos, grande parte dos produtos transacionados, ou produtos consumidos em Angola, são importados. Não temos ainda uma indústria – por exemplo nesta área [da Saúde] – uma indústria médica com capacidade de responder a 27 milhões de habitantes”, disse António Luvualu de Carvalho numa entrevista à agência Lusa em Lisboa.

De acordo com uma reportagem do Washington Post de 02 de agosto, no Hospital Geral dos Cajueiros, no município do Cazenga, em Luanda, “a crise petrolífera transformou-se numa emergência médica”. Uma situação que o repórter diz ser exemplo do que se passa na maioria das unidades hospitalares do país.